12 de ago. de 2009

"Eu vou jogar toda a culpa em mim!"


Segura minha mão, abraça, diz me amar.
Me olha nos olhos e não sabe o que eles dizem, se dizem ou não.
Faz do meu silêncio o teu, ainda que as palavras agitem-se na garganta,
fazemos aquietar.
Eu sou tempestade em qualquer estação
E como é deixar de clarear?
Sou escuro,curva, ladeira, labirinto.
Preciso de muito, de pouco ou de nada
Preciso é de sempre precisar
Minha mobília é feita de perdas
Não passo de um mistério vulgar.

Tantas vezes me perdi em mim e continuei lá,
sem caminho, sem conseguir me achar.
Há dias chove novas águas aqui...
Borboletas no estômago, sinos e cartas pra colecionar.
Em plano de fuga, ingênua eu fui me perdendo cada vez mais
sem perceber que estava a em ti me encontrar.

Ser seu bem, sua menina, seu bebê.
Parece incômodo? Acontece que estou mesmo dependente de você.
No nosso impossível foi possível desvanecer minha dor.
Traz-me o ar, o mar, o luar, cama ou sofá.
Traz-me o amor, meu amor!

Viaja-me!
Vem me explorar, me descobrir.
Há tanto ainda por vir.
Minha hélices poderam te machucar, mas não as deixe te levar, não se vá!
Não me faça escolher...
Não me faça me anular.