29 de jan. de 2010

Alguém como eu não deveria se revelar assim!

Passei 7 horas com um humano cujo eu beijava, apertava, cheirava e mordia pra ter certeza que era real, e era apenas um humano como qualquer outro mas eu não quis deixa-lo, me doeu o peito afastar-me dele e não foi a dor masoquista da agulha no mamilo... Meus passos contrários aos dele pesavam toneladas de angústia e me correu a razão pensar em perde-lo. Perde-lo como tantos outros que vieram cheirando a "Para sempre!" e tão logo se foram como as flores que caem das árvores na minha calçada e vão rodopiando junto ao vento. Escorregaram por minhas pernas, por meus dedos, por meus olhos, escorregaram-me! Escorregaram pra mundos sem mim! Me sinto fraca, cansada, inconsequente carcaça de sentimentos. Passei os últimos minutos desse dia suplicando por um berro humano qualquer que me espantasse ao sorrir-me um "Eu te amo!"

Um comentário:

Lia disse...

Esse é lindo e quase me sinto nele.