13 de jul. de 2009

Que o vento leve




Há todo o peso do céu despedaçando-se em meu futuro
Asa delta, bungee jumping, é queda livre no seu raso
Desnorteio, viro nuvem, acinzento, carrego e chovo
Escorro fina e silenciosa, sem causar estardalhaço
Papéis de cor, lua cheia e em ti desaguo
Mergulho fundo e me espalho, borboletas e sinos raros
Agora peixe domesticado, em sua água no redondo aquário nado,
Entonteço, bebo tudo, sinto em excesso, afundo e estouro
Perco-me confetes escamas furta-cor, espalho leve, me acho vão...
És vento e eu bola de sabão.