30 de dez. de 2009

Uma seguidora de Maiakovski

Uma seguidora de Maikovski me escreveu tudo que imaginei que não
pudesse ser escrito
se não por mim, ela escreveu sobre uma noite/
madrugada que achei ser só minha,
escreveu sobre sensações e
sentimentos que achei serem somente meus...


Eu quero

Quero olhar-te de perto
Ver teus olhos bem abertos
D’um breu encantador
Quero invadir, íris adentro
Esse olhar atento que tanto me marcou
E que eles sejam portas
Pra minha falta de juízo habitar
Tenho certeza, pedaços de mim, ai por dentro
Irei encontrar.

Esse riso infindo despertou minha curiosidade
Estranho, mais dele sinto saudade
Quero conhecer-lo
Quero decifrar-lo
Quero ouvir seu doce som outra vez
Veja as nuvens pesadas no céu
Olhares se cruzam
Tudo de pesado, tudo se vai, tudo se desfez
Poesia compartilhada
Inconscientemente recitada
Duas vozes soltas no ar
Se entrelaçam, se desejam
Tem asas e querem voar.

Eu não vou impedir nada
Quero saber que espaço vai manter nossas bocas uma longe da outra
Quero saber que tempo vai me impedir de você
Quero saber que falta de conhecimento vai me impedir de te saber
Quero saber que mudez vai me impedir de dizer
Que eu vi o fundo do mar
Escrito nas entrelinhas do teu olhar
Depois, no dia já claro, pensei em te dar um verso meu
Minha boca chora
E eu salivo um beijo teu
Eu na minha prisão de mim mesma
Já me vejo numa mesa
Escrevendo coisas que nem sei
Quero saber que tempo vai me impedir de você
Quero saber que falta de conhecimento vai me impedir de te saber
Quero saber que mudez vai me impedir de dizer
Que eu vi o fundo do mar
Escrito nas entrelinhas do teu olhar
Depois, no dia já claro, pensei em te dar um verso meu
Minha boca chora
E eu salivo um beijo teu
Eu na minha prisão de mim mesma
Já me vejo numa mesa
Escrevendo coisas que nem sei
E eu nem sei em qual desejo me perder

Quero
Quero todas essas suas curvas
Quero todas suas avenidas
Quero cobrir de carinho suas lembranças, oh doce menina.
Pensei em ser cigarro
E morrer de leve na sua boca
Morrer sem medo, deixar se ir minha vida assim tão leve
Deixar se ir minha alma assim tão oca.

Já não disfarço, quero cantar baixo, no teu ouvido gasto, com minha voz quase roca
Canções de outrora. E se o passado morrer agora...
Te juro, nem vou saber o que cantar.
Mais tenho uma coisa a dizer
Segure minha mão, me arraste,me leve
Eu quero fugir com você.


5 comentários:

Vamberto disse...

aar, LINDO MANO!!

Vamberto disse...

ja foi esclarecida a duvida ;D

Pequen(A)mar disse...

é ou parece ser uma música...

A seguidora de Maiakoviski disse...

Nossa, isso ficou bom.

A seguidora de Maiakoviski disse...

Culpa das minhas inspirações...