E batia de frente, decidida. Sagitariana que não voltava na ida. Quando devia bater, abraçava suave e deslizava as mãos com uma musicalidade de "Vai passar...". Quando devia gritar, repetia baixinho ao pé do ouvido "Eu te amo, felicidade. Eu te amo.", arrepiando-me todos os pelos, corpo inteiro, arrastando de mim, e focando em si todos os desejos. Quando devia chorar, se ria, gargalhava, fazia graça da nossa desgraça, saia derrubando as pessoas e virando as mesas, me dizia para irmos chutando todas as cabeças, dizia que toda a sua insegurança e inquietação, fazia jus, me condizia. Quando devia me amansar, atiçava com/na inocência, me punha na mão com aquela filosofia justa, me punha na boca e me mergulha naquela saliva pura, se punha em mim e inventava posições para contar historias, estórias e estrelas. Estrelas...
Hoje, eu lembrei da nossa primeira conversa, da primeira briga, do primeiro beijo e da primeira (nossa)reza. Só hoje, eu pensei na remota possibilidade de nos encontrarmos na rua, e eu enfiar minha mão na sua cara com toda a raiva que eu não consigo ter, não tenho. E depois, nos afastarmos, caminharmos em direção...
- Oi!?
- Oi, Lilla! A quanto tempo... (Com aquele sorriso branco e cretino)
- Me abraça... e, forte.
- Eu sabia! que você precisava de um abraço meu. ( Com aqueles braços de corrente macia, me tranca)
E rir, rir e rir. Morrer de rir e de se bater e de se xingar. Ressuscitar para rir. Rir de nós, da irônia, dos signos e da porra da psicologia. E ir...
Ir somente para ida. Sem volta. Sem fim. Sem saída. Parar alí. Parar no tempo. Parar naquela hora, no nosso maldito tempo. Respirar o sentir, expirar o drama. Pagar de retrógrada atriz, beber o veneno e enfiar a estaca. Nos crucificar no erro.
...
...
1...
2...
3...
Respira, expira.
Respira, aaaah...
Expira. ...
SEGUE!
-
9 de dezembro de 2010
Felicidade,
Fica no teu canto, no teu mundo, na tua transtornada adolescência. Fica!... ?
Fica longe. Longe do nosso passado. Longe, longe de um possível futuro. Fique longe de um possível sentir... sentimento... sentes, aí? Não sinta!
Com relutância, Nuncamaisfelicidade.
-
Vai passar!
Vai passar! ...
Vai...
!
A saudade bate, e eu apanho.
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