- O que ?
- Qualquer coisa.
- Tudo o que transborda e corta.
- E enche e fere.
- De quando em vez, muda de cor.
- Vamos?
- Mudar de cor ?
- Colorir...
Os olhos que escondem inatingíveis confissões
em preto e branco, em contradição.
Pelo aveso de mim
Procurando a si, alí...
Procurando a ti, aqui.
Espalhava-se.
Revelava-se.
Contraia-se, dolorindo os olhos que batiam.
Doloria-se, reprimindo a alma que fazia calar.
Engolindo cada verso derretido;
Digerindo e digerindo...
Cuspindo para dentro, por fim.
Para enfim, botar o dedo na garganta e vomitar verdades mofadas,
Contraia-se, dolorindo os olhos que batiam.
Doloria-se, reprimindo a alma que fazia calar.
Engolindo cada verso derretido;
Digerindo e digerindo...
Cuspindo para dentro, por fim.
Para enfim, botar o dedo na garganta e vomitar verdades mofadas,
podres, sobre ti.
Com a boca aberta e as cordas vocais murchas, prontas.
E berrava com seu maior silêncio.
Depois, chorava prantos de felicidade.
- E ai ?
Com a boca aberta e as cordas vocais murchas, prontas.
E berrava com seu maior silêncio.
Depois, chorava prantos de felicidade.
Que por fim, meus amigos, felicidade encolhe de tando doer.
E aí, a dor explode de tanto crescer.
Pedaços de mim, de você...
E aí, a dor explode de tanto crescer.
Pedaços de mim, de você...
Espalhados no teto do meu você,
do seu eu!
Me pulsa em tuas veias.
Me respira em teu ar.
Me expulsa em tuas lágrimas.
Me flutuas em pleno mar.
Me deseja à todo desejo e me delira por entre as pernas.
Encaixando os dedos na carne;
Pele com pele que amacia e arde.
Pergunto-me entre gemidos "Será tarde?"
Respondo dentro de ti " Amarra em nós o tempo, não deixe que ele escape."
Me pulsa em tuas veias.
Me respira em teu ar.
Me expulsa em tuas lágrimas.
Me flutuas em pleno mar.
Me deseja à todo desejo e me delira por entre as pernas.
Encaixando os dedos na carne;
Pele com pele que amacia e arde.
Pergunto-me entre gemidos "Será tarde?"
Respondo dentro de ti " Amarra em nós o tempo, não deixe que ele escape."
Amarra os fios de teus cabelos por entre meus dedos,
que puxam com o punho armado em amor.
Enlaça as nossas línguas que se tateiam e suga pela saliva esse tal amor.
Leva contigo, debaixo de tuas unhas, migalhas do que restou de mim,
Enlaça as nossas línguas que se tateiam e suga pela saliva esse tal amor.
Leva contigo, debaixo de tuas unhas, migalhas do que restou de mim,
e me deixes sangrando o sorriso...
E faço, faço, faço isso para provar que vivo, que sinto.
Respiro pelos olhos.
Respiro pelos olhos.
Teus olhos (Tão meus).
Meus olhos, tão seus.
E faiscam as pupilas
do que nasce em mim, e se põe em ti.
- Isso existe?
- A gente existe?
- Moro em nós, mas nos desacredito
- Quem criou?
E faiscam as pupilas
do que nasce em mim, e se põe em ti.
- Isso existe?
- A gente existe?
- Moro em nós, mas nos desacredito
- Quem criou?
- Inventamos alguma coisa?
- A gente inventa de modo que pareça relapso...
- A gente Cria.
- Agente termina com o inicio...
- A gente inventa de modo que pareça relapso...
- A gente Cria.
- Agente termina com o inicio...
- E ai ?
3 comentários:
E o garfo mecheu-se sozinho... E o céu soltou gotas de água, no dia, quase parido.
Genial.
Sereno.
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